Tuesday, November 01, 2011

Músicas da minha vidaa: Shivaree - "Goodnight Moon"



Esta é outra música cheia de recordações. Oiço-a e de repente sou transportada para o meu 11º e sou outra vez "just a litle baby" num karaoke estranho organizado pela escola no dia de ano, abraçada a um rapaz que conheci nessa mesma noite e que acabou por ser um dos meus melhores e mais antigos amigos.

Uma música que fala do medo de ficar sozinha à noite, mas que quando a oiço e quando me lembro dessa noite para mim ela significa sentimentos confusos, todo o receio de não pertencer aqui nem ali, o frio (não sei se é da minha imaginação mas acho que andei à chuva nesse dia=p)e a amizade... A amizade que surge como uma tábua de salvação a salvar um dia bastante difícil. Eu e esse amigo passámos essa noite de karaoke os dois juntos, excepto nesta música. E ainda hoje é daquelas amizades que eu guardo com especial carinho, como o resto dos meus amigos de secundário. Amigos estes que são os poucos ou únicos que quando me vêem (mesmo que seja poucas vezes) me dão um grande abraço, que manifestam o seu carinho por mim de uma forma tão simples e honesta como não conheço mais ninguém.

Por isso hoje oiço esta música e lembro-me, com saudades, deste meu amigo...

Tuesday, September 20, 2011

Entre dois mundos

No outro dia percebi isto: sou uma rapariga entre dois mundos, apanhada na mudança de tempos e gerações algures presa no meio. Estava muito animada agarrada a fazer um bordado com phones nos ouvidos a ouvir as minhas músicas de rock e a cantar cheia de força! Só eu...

Sunday, September 04, 2011

2005: o ano em que decidi ser feliz ou um caminho para a felicidade

Nem sempre fui feliz. Aliás na minha adolescência, algures entre o descontrolo de hormonas, as crises existenciais e a minha suposta solidão e o ser diferente, acho que era uma rapariga algo depressiva. Posso dizer que o meu caminho de mudança começou em 2004. Nas férias de Verão entre o 11º e 12º fiz um retiro que me marcou profundamente e que me fez um pouco (ou muito, quem poderá dizer?) do que sou hoje. Nesse retiro aprendi algo: Deus ama-me! E com isso veio uma coisa fundamental: aprendia a aceitar-me! Percebi que só tinha que ser o que eu era ou o que queria ser. Não o que os outros queriam que eu fosse, nem a "caixa" onde me tinham posto. Quando voltei para as aulas, a minha atitude tinha mudado um pouco. E foi aí que surgiu a minha trança, a mesma que tanta gente hoje em dia acha piada. O meu grito de revolta... Foi também nesse ano que surgiu o meu primeiro namorado...

Ainda assim, o fim do secundário foi uma benção. 2005, e algures entre a entrada para a faculdade, longe de todos os meus colegas, de todos os "carimbos" que me tinham posto, e o início de aulas que percebi uma coisa: queria ser feliz! E como não conhecia ninguém na faculdade, percebi outra coisa: agora eu podia ser quem eu quisesse! Foi algo libertador!

Entrei na faculdade com uma atitude completamente diferente. Queria conhecer gente, divertir-me, queria rir, rir muito! E foi assim durante bastantes meses... Mas ser feliz é um caminho, não só uma escolha, e eu tive ainda de cair.

Apaixonei-me outra vez e sofri bastante, uma e outra vez. Levantava-me e voltava a cair. Tenho aqui bastantes posts a documentar esta fase. Esta parte do caminho não foi fácil, e confesso, ainda durou alguns anos... Mas a decisão estava tomada. Eu queria ser feliz! Mesmo que às vezes me apetecesse afundar-me em auto-comiseração ou tentasse chamar a atenção com a minha dor. Nesta altura comecei a usar uma máscara. Sorria mesmo que muitas vezes não me apetecesse sorri. A menina dos olhos tristes, pensava eu. Já não eram as depressões/crises existenciais da minha adolescência, mas era uma tristeza que estava ali, escondida por trás do meu olhar.

Mas juro, ia usar tantas vezes essa máscara que se ia tornar eu! O sorriso aos poucos deixou de ser forçado e passou a ser espontâneo.

Foi ainda precisa mais uma mudança para ajudar a consolidar esta evolução. A licenciatura acabou e comecei o mestrado. Novas pessoas outra vez. Outra oportunidade! Desta vez já não foi preciso um corte completo com o passado, mas permitiu-me afastar-me daquele drama, daquele amor. E foi mais um passo...

Claro que ainda voltei a chorar baba e ranho, no semestre em Évora, aquele que eu costumo pensar como o "melhor e o pior da minha vida (académica)". Mas já não chorava por ser infeliz, chorava porque há coisas que têm que ser feitas, mas que magoam como tudo...

Hoje sou feliz. Afirmo-o com toda a certeza: EU SOU FELIZ! Mesmo quando vêm as vicissitudes da vida digo-o tantas vezes quantas sejam precisas para me convencer! Claro que tenho momentos mais tristes como toda a gente, claro que choro e bato com a cabeça. Mas esses momentos não são a imagem geral, são exactamente, momentos! Vejo a minha vida pintada de todas as cores, vejo borboletas, passarinhos, o que quiserem. Sou feliz... Por isso como dizia o Raul Solnado: "Façam o favor de serem felizes!"

Wednesday, August 24, 2011

Mat Kearney - Breathe In Breathe Out



Há músicas que me marcaram particularmente nalguma fase da minha vida. Todos temos um conjunto dessas músicas que nos dizem algo. Afinal o que é a música se não uma forma de comunicação? Comunicar sentimentos, pensamentos, alegrias, dores, dúvidas, amores... Esta é uma das músicas que significa muito para mim.

Ouvia-a quase todos os dias no autocarro, a caminho da faculdade e ajudou-me muito. Quando a minha respiração ameaçava parar com o nó que se acumulava na garganta e no estômago, quando a sensação de pânico me invadia, quando sentia que não tinha forças para voltar a um novo dia, voltar a fazer tudo de novo, encarar-te outra vez, sentar-me a teu lado e fingir que não se passava nada... Esta música lembrava-me que tinha de respirar. Tão simples quanto isso... Inspira, expira... Outra vez... Os problemas não iam embora, mas ao menos conseguia recuperar a respiração...

Monday, August 01, 2011

Música

No outro dia, pus me a ouvir música pelo mp3 enquanto aspirava. E com aquele ruído todo pus-me a cantar "a plenos pulmões"... E foi uma sensação de liberdade tão boa! Não o cantar em si, que eu gosto imenso de cantar e acompanho sempre as músicas que estou a ouvir, não o facto de ninguém me conseguir ouvir com o barulho do aspirador, porque também canto muitas vezes sozinha no carro... Mas o simples facto de EU não me conseguir ouvir! Eu que gosto imenso de cantar e me esforço por cantar bem, pude cantar sem me preocupar com a minha voz, se estava afinada, simplesmente cantei e cantei com toda a força que tinha, só a sentir a música!
E fiquei a pensar... Quão mais livre seria se eu não me estivesse a ouvir/ver?

Sunday, June 19, 2011

No outro dia, a conduzir, entre cantar música com o rádio e olhar para o lado e ver a mochila e os meus agasalhos de campo, percebi que sou feliz assim! Gosto do sentimento de liberdade, gosto de ser uma pessoa ligada à natureza, com os ombros e os braços queimados de andar ao sol.

Cada dia é diferente e monotonia não faz parte do meu trabalho. Tenho sorrisos, boa disposição... Tenho pessoas fantásticas que trabalham comigo...

Ainda há coisas que gostava de fazer, em que gostava de trabalhar e sei que esta situação não é estável. Mas sei que estou só agora a começar e espero ter muito pela frente... Por agora, posso dizer que estou bem lançada=)

Wednesday, January 12, 2011

Saudades

Entre toda a correria e todo o trabalho que tenho, hoje lembrei-me disto: Tenho imensas saudades do cheiro a rosmaninho com que andava na mala há um ano atrás.....