O passado

Costuma-se dizer que "águas passadas não movem moinhos", ou que o passado passou, mas nunca somos capazes de nos libertar dele. O presente é o futuro de passado, traduzindo, o dia de hoje é resultado do de ontem. E não só não nos conseguimos livrar dele como ainda tem por hábito voltar quando o julgamos enterrado...
Quando se estuda História pode-se aprender imenso porque se aprende com os erros cometidos anteriormente e pode-se evitar voltar a cometê-los. A História é cíclica. Também a nossa vida é uma História em pequena escala e tabém ela por vezes se repete, voltando o passado ao de cima.

Temos de estar preparados a qualquer momento para o enfrentarmos, vivermos conscientes do que fomos e fizemos e partir desse ponto para construir o presente e aquilo que queremos ser.

Destino e almas gémeas

Muitas pessoas acreditam que há um destino, algo para o qual caminhamos mesmo que não seja a nossa vontade, que estamos destinados a ficar com uma certa pessoa que será a nossa cara metade alguém feito para nós...

Existe uma lenda segundo a qual quando as pessoas foram postas no mundo eram laranjas e foram divididas de forma a que cada um tivesse uma metade algures que o completasse. Seguindo este raciocínio as almas gémeas não são pessoas iguais, mas pessoas que se encaixam, se completam, tornado-se uma só após a sua união.

Eu acredito em almas gémeas, acredito que algures há uma pessoa certa para cada um e que a tendência é para se unirem como dois imans têm a tendência para se deslocarem um até ao outro. Mas não acredito que isso seja algo obrigatório, acredito que almas gémeas não fiquem sempre juntas, porque as suas escolhas as levaram em sentidos opostos nunca se chegando a conhecer ou simplesmente não souberam lutar o suficiente para ficarem juntas, não foram capazes de se recohecer mutuamente.

Acredito que a vida de cada um é uma enorme malha tecida por todas as pessoas em que as escolhas de cada um irão influenciar a vida dos outros numa enorme interacção. Portanto existe por aí algures a pessoa certa, mas que ficarmos juntos depende de nós e do mundo...

Só, Jorge Palma

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar

Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por inventar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
E deixo o tempo decidir

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Eu sei que nenhuma vai ganhar