Monday, September 06, 2010

Mochila, minha companheira...

Hoje apercebi-me que há três anos que a minha vida tem passado quase sempre com uma mochila de viagem "a jeito"... Quero com isto dizer que tenho passado tanto tempo de "mochila às costas" que acaba por nunca valer a pena guardá-la. E desta forma a minha mochla, uma mochila grande de campismo,, que me acompanha há quase 12 anos, ganhou um lugar cativo ao pé da minha cama...
É um sentimento estranho, este de andar sempre de "malas aviadas"... Por um lado reflecte uma instabilidade na minha vida, tanto estou cá como estou lá, perdendo normalmente algo em ambos os sítios... Mas por outro... Oh, que aventuras já vivemos as duas!! Que sentimento de liberdade quando olho para ela! Eu, com a minha mochila, posso ir aonde eu quiser! Domino autocarros e comboios, e até vou a pé se for preciso... E depois, o estar, sobrevivo com o que está dentro da mochila! O desprendimento que ela me ensionou! O "eu uso o necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais!" (Livro da Selva, filme da Disney) e a capacidade de escolha o que realmente preciso...
Vi há uns meses um filme em que a personagem principal desafiava outras pessoas a imaginarem que punham numa mala a vida toda deles. Eu faço um desafio um pouco diferente... Imaginaem que punham na mala tudo aquilo que precisam... Pesada? Será que é mesmo tudo necessário? Pouco posso ter em comum com a dita personagem, mas nisto identifico-me: consigo pôr o que me é necessário numa mala, suportável aos meus ombros...
Olho para a minha mochila... Ainda carregada com as coisas e memórias da última aventura... Qual será o nosso próximo destino?

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